segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Só a Umbanda faz isso


Estou sempre afirmando como somos privilegiados e abençoados por termos a Umbanda como religião. Particularmente, estou sempre vivenciando com orgulho sua ação e me esforçando para não perder nenhuma oportunidade de aprendizado que Ela me proporciona.
Ela, a Umbanda, é uma religião grandiosa, poderosa e extremamente simples, Ela não necessita de grandes feitos, de rigorosas iniciações, de imprescindíveis estudos para ‘se fazer parte dela’. Claro que os ritos e estudos são importantes, mas o que quero afirmar é que na Umbanda “simplesmente” CHEGAMOS, quase sempre cheios de dores, e SOMOS RECEBIDOS E ATENTIDOS, sempre com um sorriso e muita energia, fazendo com que nos arrepiemos, choremos e renovemos nossa fé e esperança. Depois SENTIMOS, aí nossos corações ficam repletos de adoração e devoção, passamos a “querer” estar na gira, passamos a “querer” vivenciar tudo aquilo epronto, JÁ ESTAMOS E JÁ FAZEMOS  PARTE DE “TUDO” AQUILO. Simples, sem grandes necessidades e sem grandes obrigações.
Simples como creio ter sido Jesus, Buda, Gandhi, Chico Xavier, Irmã Dulce, Madre Tereza de Calcutá…
Simples como um sorriso, como um abraço, como a esperança.
Simples como os “remédios” de nossa Umbanda, como um Guia de Luz, como uma gira.
E é sob esse aspecto de simplicidade que recebemos os grandes ensinamentos, que nos é permitido as grandes oportunidades e que nos é consentido as grandes conquistas, aquelas que dizem respeito exclusivamente ao espírito e a vida no Além.
A exemplo posso contar que um dia desses, final de gira, um Guia disse que o grande problema das pessoas é que elas vivenciam tudo como se TUDO fosse TUDO, MUITO e PARA SEMPRE.
Afirmava que as pessoas agem como se os sentimentos, como se a vida nunca irá mudar, quando amam acham que esse sentimento será para sempre e aí sofrem, sofrem e sofrem quando percebem que com o tempo tudo muda, as pessoas mudam e as intenções, os interesses, os valores mudam. Quando odeiam, odeiam como se esse sentimento fosse se perpetuar para sempre, gerando um sofrimento incalculável tanto para ele como para todos que estão em volta, algo parecido com um fio de pólvora. Quando querem, querem sempre muito, querem sempre mais, querem, desejam e fazem qualquer coisa para conquistar algo que sempre vai exigir mais.
Concluía que envolvidos por um TUDO, por um MUITO e por um PARA SEMPRE que as pessoas mais sofrem, mais destroem, mais matam, mais dominam, impõem e escravizam. Falava que as amarrações estão aí provando esse PARA SEMPRE, as demandas estão aí fundamentando o TUDO, o MUITO e o PARA SEMPRE. Os abortos, as invejas, as traições, os vícios, as posses e as dores estão aí afirmando que existe SIMconsumismo desenfreado, individualismo permanente, amor doentio, fé interesseira e crença diabólica.
É… se pensarmos com calma, se pararmos um pouco para refletir sobre nossas aflições e ansiedades e se abrimos um pouco mais nossa capacidade de entender as coisas com uma visão mais íntima, mais verdadeira  e mais pura, acredito que todos nós perceberemos o quanto essa frase – “vivemos como se TUDO fosse TUDO, MUITO e PARA SEMPRE” – é significativa e quantas vezes agimos exatamente por pensar dessa forma.
Enfim, um ensinamento ímpar, uma oportunidade grandiosa, um remédio milagroso para nossa alma e que nos é “dado” assim, de forma muito “simples”, no meio de uma “simples” conversa e no final de uma “simples” gira.
Ahhhh… por favor, com todo o respeito a qualquer outra religião, me dêem licença para bradar meu orgulho sobre Minha Religião, mas… SÓ A UMBANDA FAZ ISSO.
Só a Umbanda tem tanta simplicidade em seus ritos, em sua forma de ensinar, em sua forma de ser, em sua forma de existir.
Na Umbanda e para a Umbanda, basta estar lá, bastar querer estar lá que tudo muda, tudo se transforma, tudo cria outro sentido de ser.
E como não adorar tudo “isso”? Como não ter orgulho de uma religião que fala diretamente com o ‘Alto’ e com o ‘Embaixo’, que lida diretamente com as maiores e as piores dores, que recebe, ensina, cura, ajuda, alimenta, sorri, abraça, transforma tudo e todos, sem distinção, sem se preocupar com a condição da cor, com a condição religiosa, com a condição financeira, com a condição sexual, com a condição de pertença, de reconhecimento, de agradecimento ou qualquer outra condição.
Aliás, na Umbanda a única condição é estar disposto a deixar de lado a soberbia, o orgulho, a vaidade, a arrogância, as pretensões egocêntricas e “aprender com aqueles que mais sabem e ensinar aqueles que menos sabem”.
Afinal, APRENDER É UMA ARTE QUE SÓ OS MAIS SÁBIOS SE PERMITEM – e quando digo Sábio, faço referência àquele que consegue se distanciar do momento atual para enxergar Além, pensando no futuro, no reflexo de seus atos e no conjunto de Tudo e do Todo – E ENSINAR É UM OFÍCIO SAGRADO QUE SÓ COM OS MAIS SUBLIMES INTUITOS SE ALCANÇA.
Escrito por Mãe Mônica Caraccio

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