Preto Velho na Umbanda é anjo na terra
Que calor cobria suas vestes, mas forte era sua reza
Com um terço na mão debruçava na cocheira
Joelhos no chão saúdam Oxum na cachoeira
Ventou forte crianças correram na direção da mata
Alimentou-se da comida que sobrada da mesa farta
Mas ainda não escureceu, dia claro e noite de breu
Cobertor rasgado e cama de palha do milho que o gado comeu
Corpo forte e marrom como a lama, olhos brancos e boca vermelha
Roupa branca, cachimbo na mão e alimento da ordenha
Café amargo, palha para o fumo, e conga para oração
Seu canto é sua casa, e seu crucifixo feito do galho de açafrão
Dentes brancos, e pés rachados, cabelos brancos reluz ao sol do verão
Bonito negro de dia e a noite reluz a luz do lampião,
Bom na lida, mas cauteloso com a ferramenta, corta a cana pela raiz
Bom dia meu sinhô,
Bom dia querido Pai João.
Fonte: Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário